O advogado Matheus Oliveira Nery Borges estudou na Faceli
O advogado Matheus Oliveira Nery Borges (foto abaixo), que estudou na Faceli, foi aprovado neste mês de outubro para o cargo de Juiz Substituto do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
“Foram anos de abdicações, sacrifícios e muito estudo, mas valeu a pena. É a realização de um sonho ser aprovado para a carreira que me sinto vocacionado e completo como profissional”, afirmou, assim que recebeu a notícia.
Ele acrescentou: “Essa conquista se deve ao esforço, contribuição e orações de muitas pessoas. Primeiramente, agradeço a minha esposa, Nila Picoli, ao meu filho, aos meus pais e demais familiares. Em seguida, aos meus professores, todos eles, desde a infância até a preparação final para a prova oral e, por fim, agradeço aos meus amigos”.
Muito feliz com a aprovação, Matheus Borges concedeu a seguinte entrevista:
Qual a importância da Faceli nessa conquista?
A Faculdade foi muito importante na minha formação, pois através dela consegui estágios nas principais áreas do serviço público: Defensoria Pública, Magistratura e Ministério Público. O corpo docente preparado e a boa estrutura da biblioteca também foram um grande estímulo aos estudos. A Faculdade me despertou o prazer de estudar o Direito.
O conteúdo teórico-prático (aulas ministradas e estágios correlatos) oferecido pelo curso de Direito contribuiu para o seu bom desempenho no concurso?
O conteúdo teórico-prático contribuiu sim para o meu desempenho, pois foi crucial para a construção do pensamento jurídico, que a meu ver é o mais importante. A Fanorte e depois a Faceli sempre primaram pelo ensino da ciência do Direito, e não meramente uma preparação para o exame da OAB ou concursos públicos.
Cite uma passagem marcante do período em que estudou na Faceli.
Há momentos marcantes bons e ruins na minha passagem pela Faculdade. Um ruim foi a morte de um professor em um acidente automobilístico; já os bons foram tantos que fica difícil precisar um apenas, porém inesquecíveis foram os encontros dos amigos durante o intervalo no chamado “mata-grama”, que era o nosso ponto de encontro no antigo prédio da Fanorte/Faceli.
Que conselho o senhor daria para os acadêmicos que estão ingressando e/ou concluindo o curso de Direito?
O conselho é o seguinte: independentemente da carreira que o aluno queira seguir, o estudo contínuo do Direito é fundamental para o bom profissional. Busque sempre dar o melhor de si, aproveite o tempo na faculdade, faça estágios se puder, busque conhecer o dia-a-dia dos profissionais e estude também. Muitos colegas acabam perdendo um tempo precioso durante a preparação para o concurso buscando compensar o que foi perdido na faculdade.
Em sua opinião, que mudanças devem ocorrer, no rito processual e na legislação, para que as demandas da população sejam atendidas com mais rapidez e presteza?
Há necessidade de uma reestruturação do Poder Judiciário, que precisa se adequar às demandas massificadas, abandonar a burocracia exagerada e buscar a conciliação. Do mesmo modo, o processo também deve se adaptar. Hoje temos uma estrutura de solução de conflitos baseada no processo individual. Esta formatação foi adequada no passado, mas não serve para o presente e será ineficaz no futuro.
A nova solução de conflitos deve passar pela conciliação e pelo fortalecimento do processo coletivizado. Só assim poderemos entregar a justiça buscada pela sociedade de forma eficaz e célere. Contudo, passos importantes já foram dados, a exemplo dos PJEs (processos judiciais eletrônicos), dos programas de conciliações e da desistência em processos por parte das procuradorias, especialmente as fazendárias, entre outros.